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LAGUnB explica: Plano de ações - Paranoá



Um pouco sobre a Sala de Acolhimento ao Idoso no CSPa:

A Política Nacional do Idoso prevê a existência de uma Sala de Acolhimento ao Idoso em cada Unidade de Saúde. Apesar de ser difícil encontrar esta resolução na prática, o Centro de Saúde do Paranoá (CSPa), no Distrito Federal, já conta com esta sala desde setembro de 2010, local onde a Liga Acadêmica de Gerontologia direciona parte de seus projetos.

A idéia da Sala de Acolhimento ao Idoso partiu de uma enfermeira do CSPa, que observou as necessidades que existiam quanto ao atendimento ao idoso e, a partir disso, idealizou o serviço; além disso ela também coordena e planeja o serviço.

Hoje o serviço da Sala de Acolhimento ao Idoso do CSPa conta com dois médicos clínicos, uma enfermeira e uma auxiliar de enfermagem. 
Dessa maneira, na primeira vez em que chega ao Centro de Sáude, o idoso é direcionado para a Sala de Acolhimento ao Idoso, onde ele fornecerá suas informações e a equipe analisará suas necessidades, de modo que o atendimento seja direcionado.

Assim, o objetivo da Sala de Acolhimento ao Idoso do CSPa é, principalmente, oferecer uma aproximação dos idosos em relação ao CSPa, além de, a longo prazo, controlar a alta demanda de pacientes que chegam à Sala do Adulto. Nesta sala especial é realizado o cadastro de idosos, a fim de organizar e diluir a quantidade de idosos que antes iam diretamente para a Sala do Adulto. Dessa forma, reduziu-se consideravelmente a sobrecarga de um dos setores do hospital e o serviço aos idosos passou a ser mais contextualizado. Os critérios de admissão da Sala de Acolhimento ao Idoso do CSPa são: idoso residente do Paranoá, de idade superior a 60 anos.


A inserção da LAGUnB no projeto da Sala de Acolhimento ao Idoso do CSPa foi realizada em Janeiro de 2011, como Projeto de Extensão de Ação Contínua da Universidade de Brasília. 

A atuação da LAGUnB ocorre quanto ao auxílio no cadastro dos idosos, no preenchimento da Caderneta do Idoso (para saber mais sobre a Caderneta do Idoso, clique neste link: http://ligagerontounb.blogspot.com.br/2012/03/o-que-e-caderneta-do-idoso.html), nas orientações para adesões medicamentosas; de maneira a direcionar o cuidado do idoso, seja por autocuidado, seja por auxílio de um cuidador.

Até o dia 19 de Abril de 2012, o registro da quantidade idosos atendidos na Sala de Acolhimento do Idoso do CSPa foi de 742. Desses 742 idosos, 23,6% são homens e 76,4% mulheres. A média de idade é de 71 anos e a faixa predominante é de idosos entre 60 a 69 anos.

Também é feito nesse serviço a aplicação do Mini Exame do Estado Mental (MEEM).


Sobre o MEEM:

O MEEM é um teste de avaliação cognitiva aplicado a pacientes geriátricos por profissionais de saúde qualificados, utilizado em vários países, inclusive, no Brasil. Esse teste fornece informações importantes sobre a função cogntiva do idoso, podendo ser avaliado em sete categorias: orientação temporal e espacial, registro de três palavras, atenção e cálculo, recordação das três palavras, linguagem e capacidade visual. O escore final do MEEM varia de 0 pontos (maior comprometimento cognitivo) a 30 pontos (melhor capacidade cognitiva). O teste é aplicado não para fins diagnósticos para demências, mas sim como um auxílio para a averiguação de perdas cognitivas.

“Cabe ressaltar que o profissional só utilizará as escalas que envolvam o problema específico identificado na avaliação rápida. Como exemplo: se o profissional detectar problemas cognitivos após a realização do teste rápido (falar três objetos que a pessoa deverá repetir após 3 minutos) e na incapacidade de repetí-los o profissional deve aplicar o Mini Exame do Estado Mental – MEEM. Caso o profissional permaneça em dúvida, poderá utilizar como complemento o teste do desenho do relógio e o teste de fluência verbal por categorias semânticas. Ainda há a possibilidade combinar o MEEM com o Questionário de Pfeffer - indica uma maior especificidade para a medida de declínio cognitivo mais grave.” 


É importante salientar que o nível de escolaridade pode alterar a pontuação do MEEM, quanto ao registro de palavras.




Plano de intervenções gerontológicas:

  • Domicílio/avaliação de riscos: prevenção de acidentes no domicílio, avaliando a presença de fatores de risco no domicílio do idoso, a exemplo da presença de muitos tapetes, o que facilita quedas, e ausência de barras de apoio para idosos que necessitem.
  • Estimular participação em atividades de lazer: como atividades ocupacionais, a exemplo de crochê, bordados; cursos para idosos; além de promover o envolvimento dos idosos com alguma atividade melhora a renda familiar. O envolvimento do idoso ajuda no desenvolvimento de habilidades, junto à comunidade.
          • Programa Mestre do Saber: prevê uma bolsa para o idoso que se dispor a fazer uma atividade em centros comunitários, escolas, etc. Alguns exemplos de atividades são: crochê, atividades manuais, contar histórias. A carga horária semanal é de 20 horas de serviço. Para fazer parte do programa, o idoso deve ter idade igual ou superior a 60 anos e comprovar renda abaixo do valor de R$ 1200,00.  O recebimento pelo programa Mestre do Saber é mensal, no valor de R$ 415,00. Os objetivos do programa são promover o aprendizado entre gerações, incluir e valorizar o idoso, além de promover uma melhoria da renda pessoal e familiar desses idosos.Para mais informações, entre no site: http://www.sedest.df.gov.br/sites/300/382/00000852.pdf
  • Revisão do uso das medicações: verificar se as doses e a administração dos medicamentos está ocorrendo adequadamente e orientar quanto à dose e ao horário, para reforçar a adesão medicamentosa.
  • Realizar controle da pressão arterial: analisar casos em que possa existir a Síndrome do Jaleco Branco, quando o valor da pressão arterial demonstra-se alterado pelo fato de ser aferido por um profissional de saúde, o que causa ansiedade no paciente.
  • Realizar uma revisão da dieta para o idoso que é diabético: estabelecer um controle das refeições fixas (café da manhã, almoço e jantar); orientar o idoso a realizar seis refeições durante o dia, para que não haja períodos longos de jejum; estimular o controle não-farmacológico (sem auxílio de medicamentos) dos níveis glicêmicos, a exemplo da prática de exercícios.
  • Orientar quanto à prevenção de complicações da Diabetes Mellitus (DM): dessa forma evita-se futuros problemas, como problemas cardíacos, renais e, até mesmo o pé diabético; é importante orientar o paciente a ficar atento aos sinais e sintomas que pode apresentar.
  • Acompanhar a acuidade visual: importante para casos de catarata; se a doença não for identificada é necessário encaminhar o idoso para acompanhamento.
  • Reforçar medidas de prevenção quanto à constipação, como, por exemplo, ao orientar uma dieta equilibrada, além da prática de atividades físicas.
  • Estimular o idoso a realizar atividades que reforcem sua atenção, memória e capacidade cognitiva, a exemplo de jogos de cartas e palavras cruzadas.



Imagens do site: http://www.corbisimages.com/ 
Reunião científica apresentada pela Prof. Andréa Mathes Faustino
Publicado por: Ac. Enf. Carolina Ossege e Larisse Felix

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